sábado, 3 de dezembro de 2011

The True Story*

Ela era uma criança doce, sempre de sorriso nos lábios, com o sonho de ter um irmão, com o desejo de poder abraçar os seus pais todos os dias... 
Dizem que era uma criança crescida para a idade, que a permanente convivência com o mundo dos adultos a tornou assim... dizem que era calma, que não fazia grandes asneiras, tomara, nunca a deixavam fazer. 
Lembro-me que ela era extremamente sensível, que era frágil, que não aguentava presenciar a morte do mais insignificante dos animais, que não aguentava ver ninguém a chorar, que não suportava ver alguém a discutir. 
Lembro-me que era  uma criança extremamente lenta e redondinha no seu tempo de primária e que todas as suas amigas eram muito mais magras, bem mais bonitas algumas até mais audazes... contudo, sempre aparentou ser extremamente feliz, sempre aparentou não dar importância a isso... bem, quantas e quantas vezes ela chorou por isso. 
Sempre foi o orgulho do seu pai... ele dava tudo por ela, fazia tudo para a ver sorrir e dado a todo este empenho, ela passou a poder abraça-lo todos os dias. 
Sempre foi uma criança muito bem sucedida, sempre conseguiu alcançar os seus objectivos, com esforço, com dedicação, com gosto... era a menina engraçada da família, aquela que tinha as boas notas, aquela que fazia rir toda a gente, aquela em que todos "apostavam".
Aos onze anos viu sair da sua vida um dos seus maiores pilares. Viu-o sair de uma forma tão injusta, tão brusca, demasiado triste. E com onze anos ela conseguiu sentir a dor, o desanimo e a angustia que todas as outras pessoas sentiram, e com onze anos ela conseguiu manter a postura que muitas pessoas não conseguiram manter... com onze anos, ela ainda deveria ser uma criança... deveria. 
Lembro-me que quando era suposto ser uma pré-adolescente, teve de saber ser uma pré-adulta. Porquê? Porque na altura ninguém tinha paciência para ouvir as suas crises, ninguém tinha paciência para parar e conversar com ela, para perguntar se estava tudo bem, para perguntar como correu o seu dia na escola, para perguntar se precisava de alguma coisa. E porque? Porque partiam do principio que devido aquela sua maneira crescida de agir, estava sempre tudo muito bem, que ela conseguia tudo. Aquela saída repentina causou efeitos secundários em algumas pessoas de modo a que ela tivesse ficado, de certa forma, subentendida.  
A dada altura, a doce criança, frágil e facilmente adorável começou a tornar-se fria, revoltada e começou a adoptar uma personalidade aparentemente forte,  absolutamente indestrutível. Continuou a ser a menina das boas notas mas aquela com quem ninguém se metia, aquela que não tinha medo de nada, de ninguém... aquela que fazia o que quisesse, quando quisesse e ninguém tinha nada a ver com isso. O mais irónico de tudo isto? Ninguém percebia como é que aquela doce e inofensiva menina tinha mudado tanto... Deixou de ser a menina do paisinho e passou a ser a sua dor de cabeça. 
Os anos foram passando, algumas atitudes começaram a ser atenuadas até que chegou o dia em que ela conseguiu ser o seu próprio orgulho... tinha uma boa imagem, tinha excelentes notas, tinha os melhores amigos do mundo a seu lado, tinha uma relação fabulosa com os seus pais e conseguira alcançar todos os seus objectivos estipulados para aquele ano. E lá de cima, daquele palco que para muitos podia ser insignificante mas que para ela, por todo o seu trabalho e dedicação, significava muito, ela conseguiu ver o brilho daqueles dois pares de olhos e automaticamente, conseguiu sentir o brilho dos seus próprios olhos. Era como se o olhar daquele pai estivesse constantemente a transmitir a toda a hora e minuto "esta é a minha menina, este é o meu orgulho" 
E nessa noite, alguém muito sábio e de uma maturidade absolutamente venerável citou a seguinte frase "Joana, tu vais longe".
As apostas subiram juntamente com a sua confiança e eis que chega a altura de dar um salto para um patamar mais alto, eis que chega a hora de mais uma vez ela mostrar o que vale. 
Teve com ela todo o apoio do mundo, teve os seus pais mais uma vez a fazerem tudo por ela, tudo para dar certo e surpresa das surpresas.... ela não consegue. E de repente sente-se a ser sugada por um buraco negro que lhe vai destruindo os sonhos e que não lhe dá hipóteses de voltar a sair de lá.
Chega o momento em que começa a olhar à sua volta e se depara com uns pais desanimados por darem tudo de si e não a verem a triunfar, uns indivíduos superiores que fazem questão de contribuir para que  aquele sentimento de inutilidade que a possui vá aumentando e a sensação de que não é exemplo para ninguém, que desistir é o melhor caminho... e é frustrante, é horrível ela saber que toda a gente depositou nela grandes metas e que agora talvez se fiquem por esperar para ver se ela chega a meio da corrida.
É deprimente ela ter a perfeita noção de que era muito e que agora é basicamente nada. 
Ainda assim, ainda que inutilmente, ainda que muito pouca gente lhe transmita optimismo, ela continua, com a esperança de que um dia consiga ver novamente aquele brilho. 
Ainda assim, ela continua a aparentar ser extremamente feliz, continua a aparentar não dar importância a isto. 
Bem, quantas e quantas vezes eu choro por isto. 














.
Joana Silva

domingo, 20 de novembro de 2011




O dia parece-me horrivel, sinto-me insignificante e tenho a sensação de que não preciso de ir para o espaço para que ninguém me consiga ouvir gritar... estou com os pés bem assentes na Terra. 
 Não, não quero conversar sobre isto. 

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Recado para ti*

Quarta-feira, 9 de Novembro de 2011
22h00

Hoje apeteceu-me escrever tudo o que estava a sentir... e sei que vou acabar por ir ter a ti, pois é quando não tenho mais espaço para guardar este sentimento, de tal forma imenso, que venho até cá e, calcando delicadamente as letras brancas desta artimanha, faço uma descarga pequenina dele, muito pequenina, porque nem as palavras, nem o gesto mais perfeito do mundo, nem o melhor beijo nem o melhor olhar, nem nada, consegue descrever ao certo o que significas e o que eu sinto... nem mesmo a palavra amor, essa é demasiado pequena, demasiado vulgar e marginalmente utilizada para se adaptar a ti e ao quanto eu te venero e te desejo.
Todos os dias me questiono sobre como é possível alguém completar-me tanto, como é possível alguém fazer-me tão feliz pelo simples facto de respirar perto de mim.
É como... bem, como nada porque é inexplicável este estado em que me encontro. Mas há uma coisa sobre a qual eu posso escrever, posso escrever sobre aquilo que eu faria neste momento e, Caramelo, seria a pessoa mais egoísta do mundo pois iria querer-te só para mim e depois, quando já só estivéssemos eu, tu, e o tão agradável conforto que me transmites, eu iria dizer-te bem baixinho que és a pessoa mais maravilhosa do mundo e que quero desesperadamente que fiques comigo para sempre, de uma forma bem literal.
A verdade é que não me imagino sem o toque das tuas mãos morenas, sem esses braços a rodiarem-me de carinho, sem o sabor dos teus lábios e sem aquilo que o teu olhar me transmite. 
A verdade é que, sendo egoísta ou não ao dizer isto, o meu mundo simplesmente cairia se batesses a porta e te fosses embora, por e simplesmente não consigo aceitar um possível "adeus" teu, acho que nem sequer o consigo imaginar... ou então, não o quero imaginar, por ser algo que me iria custar uma série de itens essenciais a um ser humano com um coração dependente do amor, como o meu: a felicidade, o sentido de viver, a realização pessoal e aquela tão importante confiança que o quentinho dos teus braços me transmite ... e tu e eu sabemos que não digo isto porque é o que se diz no cinema, porque tal como o "eu amo-te" também o "não vivo sem ti" está cada vez mais vulgarizado, não, sabes que se o digo, é porque experimentei a doença que me trouxe esses sintomas, e que me deixou de cama por um tempo que para mim, foi uma eternidade insuportável... e desde então, em certas alturas, sinto-me como uma criança que teve pesadelos e que agora tem medo de adormecer... 
Basicamente eu preciso de ti de uma forma completamente exagerada e chego mesmo a revoltar-me por saber que a verdade, quer eu goste quer não, é que sem ti, eu sou um miserável nada, e esta parte, não é assim tão exagerada, porque se tu, que és o mais forte dos meus pilares, caíres, é obvio que eu caio também e magoou-me a sério porque és realmente o mais alto todos eles, aquele que simplesmente não dá para substituir e sabes porquê? Porque de cada vez que eu estivesse mal não iria receber o mesmo carinho, não iria receber as mesmas palavras, não iria conseguir ficar bem por pensar que "sim, eu estou mal, mas eu tenho o Jorge, e é tão bom saber que é o meu Jorge"... e não me iria poder apoiar nisso e sorrir. 
Quatrocentos e cinquenta e quatro dias depois daqueles arrepios, misturados com borboletas na barriga, que me deram indícios que eras, de facto, especial, tendo a tornar-me uma caramelo-dependente de dia para dia, cada vez mais, e a querer fazer-te o homem mais feliz do mundo, sendo, consequentemente, a mulher mais feliz do mundo também.
Todas as noites consigo viver contigo tudo o que eu mais quero... e como são perfeitas todas essas noites, tal como tu és perante os meus olhos.
Em todas elas tiramos bilhete e partimos de viagem para o sitio que mais me conforta estar contigo, o infinito. 

E todas as noites, adormeço convicta de que a tua felicidade é a minha felicidade.
Sempre.


P.S: <3






quarta-feira, 14 de setembro de 2011

"Fecho os olhos e de repente estás ao meu lado, perfeito, poderoso, belo, terno (...) Quando amo alguém tenho saudades todos os dias."



sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Tic Tac

25 de Agosto de 2011, fim de tarde...

Sinto este estranho e frio nevoeiro como algo que vai completamente de encontro com o meu interior... Algo meio morto, meio vivo, algo que sente o normal, unica e simplesmente o normal, o básico dos básicos, o insuportável suficiente!
Como se conseguisse viver mas gostasse de ver um bocadinho de sol, só um bocadinho...só para quebrar toda aquela cansativa e massadora rotina, causada por aquele nevoeiro permanente, que insiste em me apagar o sorriso quando eu mais sinto que o vou abrir... como uma desilusão, uma enorme espectativa deitada a baixo, como quando tiras uma goluseima a uma criança, aparentemente feliz, e ela faz um escandalo? Todos acham um exagero...
Um nevoeiro que te obriga a mudar, que de certa forma te esgota mas pior, que te faz habituar a todo este lento e sempre igual passar de tempo.
A sensação de que não estás mal mas também nao estás completamente feliz.
Aquele "deixa-te andar" que te tira a vontade de acordar e te permite continuar naquela infinita estrada onde não se vê nada de novo, onde sentes os ossos a fracassarem e o coração a necessitar de ser aconchegado.
E eu espero, sentada ao lado da minha janela, espero incansávelmente que este tão entristecedor nevoeiro se vá embora e que grandes feixes de luz me façam sentir realmente viva e me façam ver que tal como eu mudei e me habituei a este estranho clima, também ele mudou por mim e me trouxe aquele sol terno e calorento de de que eu tanto sinto falta...






segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Sometimes, the best way to get someone's attention, is to stop giving him attention! 


sábado, 6 de agosto de 2011

Melodias

Observo-me ao espelho, penetro o meu próprio olhar e começo a soltar, nas minhas expressões, o meu lado mais teatral. Desaperto o delicado casaco que me aconchega o corpo nu e deixo-o cair suavemente no chão fazendo com que toda a minha natureza se reflicta naquele tão sincero pedaço de vidro.
Sem perfeição nem grandes anomalias, tento apreciar a beleza do básico e imperfeito ao som daquele "Jazz" que faz com que me sinta naturalmente mulher, seduzida pelo meu próprio olhar. 
Lábios semi-abertos, olhos franzidos, mente absolutamente intocável... deslizo suavemente as mãos macias por este semi-pedaço de pura malícia, feminismo e impaciência enquanto que enumeres pensamentos e imagens invadem a mais interessante parte de mim. Consigo sentir a minha serena e ao mesmo tempo intensa respiração.
Vou fechando os olhos lentamente, prevendo o toque delicado das minhas pestanas e uma nova sensação começa a nascer em  mim onde consigo sentir os meus lábios a serem abertos por outros, os meus olhos a verem algo semelhante ao paraíso e a minha mente a passar de intocável a completamente desorientada pelo erotismo da natureza humana... outras mãos deslizam, incansavelmente, pelo meu corpo enquanto que eu, abro os olhos e me deparo com todos aqueles pensamentos e imagens que outrora me invadiam a imaginação, a serem reproduzidos naquele instante. Aquela tão perfeita e insubstituível presença, acompanha-me numa coreografia simétrica de movimentos sequenciais que faz com que eu consiga sentir a minha respiração, da mesma forma, duplamente.

Apago a luz, Desligo o "Jazz"... 
Agora somos nós quem faz a melodia... 





terça-feira, 12 de abril de 2011

Sem Título

São quatro e trinta e um da manhã, 
Levanto-me e vou cuidadosamente à cozinha para não acordar ninguém e trago para o quarto umas "vimeiro" frescas. Coloco os fones enquanto bebo e olho-me ao espelho: tenho o cabelo completamente despenteado (ainda mais que o costume), a cara pálida e com os olhos inchados. Esta noite lembrei-me de coisas que me eram totalmente dispensáveis e até agora não dormi, apenas vivi um pesadelo.
Ao acordar, procurei de imediato o telemóvel e olhei para o visor na esperança de que tivesse alguma coisa, mas nada... só vi a fotografia do costume e as horas.
De repente chego a conclusão que estou a beber as vimeiro apenas para, de certa forma, arranjar uma desculpa mais conveniente para a minha insónia... uma indisposição. Porém, apercebo-me que a porcaria das águas gaseificadas não me vão aliviar a mente pois a mente não tem "indisposições" que possam ser aliviadas de forma tão simples. Odeio a sensação de me sentir pequena interiormente e odeio que se esqueçam que apesar desta frieza que, aparentemente, possa transmitir, também sou sensível e tenho sentimentos.
 De repente sinto um sabor salgado na boca e não são as vimeiro... 
Estou novamente a lembrar-me de merdas que não interessam. Um grande FODA-SE para isto tudo! Começo-me a sentir completamente idiota ... a esta hora tu, verdadeiro motivo da minha insónia, dormes descansado julgando ter toda a razão do mundo e eu estou aqui feita estúpida a escrever a uma hora destas, preocupada, o que é completamente absurdo, de fones nos ouvidos e olhos vermelhos por uma coisa que me deveria chatear em vez de me deixar neste estado completamente imbecil de coitadinha.
Consigo prever o amanhã...


Quando se faz uma ferida, esta acaba por cicatrizar e por vezes acabamos por nos esquecer dela.
Porém, precisamente por nos esquecermos, às vezes ao mexermos-lhe sem cuidado, com o mínimo toque sem sensibilidade, ela volta abrir e a sangrar... volta a doer novamente. 


"Tento ser"





domingo, 27 de março de 2011

Loucura*


“Estou cansado, cansado de pensar no que dizer ou como o dizer, cansado de pensar no que deveria pensar e não no que penso que penso. Cansado de tentar alcançar o nada, esse mundo celeste, mãe de todas as verdades. Cansado de me arrastar pelo mundo dos homens porque sou homem e não porque quero. Cansado de me iludir que estou cansado quando na verdade, estarei apenas descontextualizado. Cansado, cansado de me tentar ver com os olhos dos outros e cansado de não descobrir o porquê desse desejo. Cansado de ser e cansado de tentar não ser. Cansado de amar a essência, o longínquo e cansado de sempre me apaixonar mais. Mas o cansaço, como a tristeza ou qualquer outro sentimento, não tardará a passar… mas estou cansado de aceitar isto também.”


domingo, 13 de março de 2011

Fucking Happy!

Hoje não dormi até às duas da tarde como é habitual.
E novidade das novidades: não foi o carro do Senhor Mourinho, que faz alarmadamente publicidade a um tal supermecado, que me acordou.
Isso mesmo, acordei sozinha e segundo a zeza "tomei canceira" pois decidi ajuda-la. Segundo ela hoje acordei "com genica".
Estava mesmo afim de ter uma daquelas manhãs de Domingo com o Guilherme na natação mas por inconveniente não tinha o raio da depilação feita... Mulheres -.-"
Hoje não estava para grandes companhias... sentia-me super bem, no meu verdadeiro "auge" mas não me apetecia partilhar. E foi então que decidi sentar-me no sofá lá de cima, embrulhar-me num cobertorzinho e passar a tarde a ouvir "Gary Moore" e os meus tão queridos "Guns n' Roses".
Apaguei as luzes principais e acendi as luzes do barzinho do meio. Isto porque para além da luminosidade ser bastante menor e, consequentemente, criar um ambiente mais soft, sempre tive uma enorme preferencia por luzes mais amarelas e nunca gostei de luzes brancas! Manias*
Enquanto ouvia a boa musica do meu pai que invadia a minha aparelhagem um misto de sensações, pensamentos e reflexões atacavam a minha mente.
Lembrei-me de quando era criança e do quanto gostava de fazer teatro para a minha família, lembrei-me de quando a tia Luisa não me deixava brincar a vontade para não me sujar, lembrei-me do modo como cresci e amadureci precocemente devido a várias circunstancias e também me lembrei de não gostar muito dos miúdos da minha idade por os achar demasiado "infantis". Lembrei-me de quando era gordinha na primária e lembrei-me da quantidade infinita de acne que ganhei na minha tão indesejada "puberdade". Lembrei-me do quanto era uma pita refilona e teimosa e de como nunca deixava que me passassem por cima, convicções e talvez defeitos que ainda hoje mantenho e que não tenciono mudar. 
Lembrei-me da quantidade de pessoas anormais que existem no mundo e que o tornam cada vez mais egoísta, cada vez mais snob... sinceramente, não perdi muito tempo a pensar nisso, caguei completamente, hoje não estava para dramatizações. 
Caguei também para o facto de ter teste a Matmática na quinta, caguei ainda mais para os sermões da stora Cândida que passa a vida a dizer que "eu não a satisfaço" e questionei-me profundamente para que é que ela quer o marido. 
Lembrei-me da quantidade de gente boa que me rodeia, lembrei-me que tenho amigos espectaculares e que cada vez gosto mais deles. E não, eu não me refiro a toda a gente que conheço, sorrio e dou bons dias. Lembrei-me que a Mariana é mesmo uma base essencial*
Lembrei-me que amo muito o Jorge Ribeiro e que ele é a pessoa mais importante da minha vida.
Lembrei-me que tenho pais espectaculares e que faria tudo, mas mesmo tudo por eles!
Abracei intensamente os meus 16 anos e apercebi-me de como estão a ser os melhores anos da minha vida e como tenho mesmo mesmo de os continuar a aproveitar como se não houvesse amanhã para poder contar aos meus piolhos a minha juventude com o orgulho e satisfação com que o Guilherme me conta a dele. 
Quero continuar a rir-me todos os dias com o João Moreira e o Castro, quero continuar a compor musicas estúpidas com as gémeas, quero continuar a foder a cabeça a Mariana porque ela não sai de casa e a passar momentos de top com ela. 
Quero continuar a dar muitos muitos beijos na boca ao Jorge até ser velhinha e fazer filhinhos com ele.
Quero que venham muitas mais sextas e sábados à noite no ART com os dois trengos do costume e quero que o Nuninho continue a ser a pessoa autentica que é e que apesar de ser uma verdadeira peste, eu venero.
 Quero continuar a discutir todos os dias com o Eduardo porque passa a vida a irritar-me e a por-me os cabelos em pé e quero matar saudades do grupinho "Joana, Samuel, Mariana, Capela". AH! e também quero dar um mega concerto privado em casa do samu, beber cerveja e ir ao cinema. 
Quero o verão, quero ir ver os torneios de futsal com a Mariana, encontrar-me no Olival com o povo todo e ficar a conversar até altas horas.

Adoro o por do sol, adoro dormir até tarde e sair à noite, adoro musica e adoro ouvir o samuel a violar, adoro as minhas terças à tarde, adoro a minha casinha, adoro ler um bom livro e adoro divertir-me com a minha gente.
Por fim adoro a pessoa que sou, adoro a vida que tenho e agradeço imenso o facto de conseguir ser realmente feliz. 

"Quando eu ouço alguém suspirar 'a vida é dura', 
sou sempre tentada a perguntar 'comparado a quê?' "


Beijinhos ao pessoal e sejam felizes se faz favor :D


terça-feira, 1 de março de 2011

Just Breath ...

Um silêncio profundo exterior envolvia o clima onde opostamente gritos ofegantes invadiam aqueles corpos.
Gritos de desespero, de ambição, de felicidade, de prazer, de alivio... gritos abafados pela complexidade daquele tão reconfortante silêncio onde apenas os suspiros permaneciam presentes, firmes, intensos, porém, instáveis.
Duas constantes rodeadas de intimidade, cumplicidade, harmonia, naturalidade e desejo.
Dois seres inundados de amor, influenciados pelo tacto, afastados de secundários, mergulhados em nostalgia.
Momentos onde a simplicidade se transforma em plena perfeição fazendo com que cada beijo seja perfeito, cada toque seja perfeito, cada olhar seja perfeito.
Momentos onde existe uma constante partilha de pensamentos comuns e onde as palavras são ditas de lábios cerrados.


Momentos em que me sinto inteiramente tua, eternamente tua...
Consigo ouvir todos aqueles gritos mudos.


sábado, 29 de janeiro de 2011

A constante

3h57, Silencio no quarto, Reflexões...

Os meus dedos deslizam sobre o teclado, consigo sentir as letras, consigo pensar mas não consigo organizar pensamentos.
Não consigo dormir... há algo que me ocupa a mente, é uma constante.
Porque não abrir a janela? Sentir a noite negra, fria, serena...ausente*
Não se vê ninguém, a rua está deserta e nem o cão da tia Luísa dá sinais de presença, estranho.
Por momentos sinto-me só.
Apetece-me correr, bater à porta, partilhar esses lençóis, receber esse calor.
Bem, a minha mãe iria acordar com o rodar da fechadura, o miúdo provavelmente não me cederia o seu lugar e certamente alguém me internaria num hospício... bolas!
Mas tu deixavas, eu sei.
A ironia da vida é realmente das coisas mais abstractas, mais fortes, mais profundas...
Como de costume, tenho o teu cheiro nas mãos, gode, tenho mesmo. E é incrível como de 3 em 3 minutos encosto as mãos à cara... como se te pudesse sentir. Existe uma força qualquer que me controla, como se não consegui-se mandar em mim.
Não sei o que é, só sinto que te pertenço...
Os lábios estão a arderem-me, ponho as mãos no cabelo pela centésima vez.
Já houveram tantas discussões, aconteceu tanta coisa, já senti que era o "até nunca mais", já desejei que o fosse... mas tu voltas, tu voltas sempre... simplesmente não dá para estarmos longe* Simplesmente não quero nunca que estejas longe*
Incrível, venho até cá porque me apetece escrever e acabo sempre por ir ter a ti... é algo inevitável.
Hmm... estas a ver quando fechas os olhos, respiras fundo e de repente os sentes a humedecerem? Hoje foi assim.
Foi assim porque fechei os olhos, respirei fundo e pensei "tenho mesmo o meu menino de volta"... sabes o que veio a seguir àquela suave lágrima? Um enorme sorriso.
Então... fecha os olhos também, respira fundo, esquece tudo e abraça-me com força, fica comigo.
Pois cada vez que o teu olhar penetra os meus olhos tenho a certeza de que te amo mais do que nunca.
Talvez nunca ninguém vá compreender isto... bem, apenas nós temos de o compreender... e compreendemos*
Esse olhar intenso, esse toque delicado e esses beijos sentidos é o melhor que me podes dar.
Ama-me como se não houvesse amanhã, ambiciona-me com todas as tuas forças, dá "o tudo" de ti...e se o fizeres não preciso de mais nada pois tu és a essência que mais predomina em mim*

És tu quem me tira o sono e és tu a minha constante*
Dorme bem Caramelo <3










sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Something Strange*

Escrito a 05.01.2011 

A vida não é algo certo, concreto.
Por vezes amigo, outras vizinho, ou então o mais duro dos inimigos...
Consegue fazer com que fique paralisada a olhar para este teclado, fazer com que me apeteça correr, abraçar, rir, beijar...Chorar por vezes.
Faz com que me sinta perdida, faz com que me sinta no topo.
Faz com que saiba tomar decisões, com que queira agir... ou então com que não saiba o que fazer, com que o desespero se apodere de mim.
Faz com que ame, com que odeie, com que até goste, com que despreze...
Faz de mim mulher determinada, Criança indecisa. 
Gode...