sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Tic Tac

25 de Agosto de 2011, fim de tarde...

Sinto este estranho e frio nevoeiro como algo que vai completamente de encontro com o meu interior... Algo meio morto, meio vivo, algo que sente o normal, unica e simplesmente o normal, o básico dos básicos, o insuportável suficiente!
Como se conseguisse viver mas gostasse de ver um bocadinho de sol, só um bocadinho...só para quebrar toda aquela cansativa e massadora rotina, causada por aquele nevoeiro permanente, que insiste em me apagar o sorriso quando eu mais sinto que o vou abrir... como uma desilusão, uma enorme espectativa deitada a baixo, como quando tiras uma goluseima a uma criança, aparentemente feliz, e ela faz um escandalo? Todos acham um exagero...
Um nevoeiro que te obriga a mudar, que de certa forma te esgota mas pior, que te faz habituar a todo este lento e sempre igual passar de tempo.
A sensação de que não estás mal mas também nao estás completamente feliz.
Aquele "deixa-te andar" que te tira a vontade de acordar e te permite continuar naquela infinita estrada onde não se vê nada de novo, onde sentes os ossos a fracassarem e o coração a necessitar de ser aconchegado.
E eu espero, sentada ao lado da minha janela, espero incansávelmente que este tão entristecedor nevoeiro se vá embora e que grandes feixes de luz me façam sentir realmente viva e me façam ver que tal como eu mudei e me habituei a este estranho clima, também ele mudou por mim e me trouxe aquele sol terno e calorento de de que eu tanto sinto falta...






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